Expectativas

Olá pessoas!

     A palavra título da postagem não tem saído da minha cabeça nos últimos dias. Raiva dela. Muita raiva. Motivo? Ter que escrever um texto sobre este tema. Ou eu escrevia ou o mundo se acabava. Geralmente é assim que eu me "inspiro" pra escrever aqui no blog: Uma palavrinha fica me atazanando por um bom tempo até que eu me rendo e pronto, surge outro texto. Quando não, é por alguma sugestão de leitores ou amigos pessoais. Neste caso, é puro tormento mental mesmo.
     As poucas pessoas que me conhecem de verdade devem estar pensando que estou redigindo este texto por conta dos últimos acontecimentos na minha vida. Não é. Na verdade, o sentido da palavra 'expectativa' que está na minha cabeça é outro. Tem mais a ver com "o que esperar de si próprio" e não o que se espera de algo ou alguém. É mais uma briga interna, um anseio de "vomitar" tudo que eu queria dizer a mim mesmo e ainda não disse.
     Há algum tempo tenho sentido a obrigação de me dizer se eu estou atendendo às expectativas que tenho lançado sobre mim. Estou onde eu queria estar? Sou quem eu esperava ser quando era mais jovem? Tenho cumprido meus anseios em todos os aspectos? Tenho sido quem eu espero ser? Essas respostas têm sido trabalhadas em minha cabeça e estavam me deixando meio "agoniado". Parecia uma DR que estava no ápice de acontecer. Aconteceu.
     É certo que em algum momento de nossas vidas cada um de nós dá uma pausa e tenta se observar "de fora". O que eu tenho visto está dividido entre frustração e orgulho. Nem espere que eu vá enumerar aqui as frustrações e o que me faz ficar orgulhoso de mim. É óbvio que ninguém chega em 100% de satisfação consigo. Nem adianta dizer que você consegue. Está na cara também que todos nós ficamos frustrados por não termos alcançado algum objetivo lançado sobre nossas vidas. E, tal qual alguns leitores do blog que conheço, me cobro muito. Chego ao ridículo de ficar com vergonha de mim mesmo quando me cobro a respeito de algum assunto.
      Entretanto, uma se tem uma coisa que eu não me preocupo muito é no que diz respeito às expectativas alheias lançadas sobre mim. Pode até parecer que me atenho muito a estas observações (e me atenho) mas não dou a elas a importância que dou a mim mesmo em minhas conversas pessoais (sim, converso sozinho). Para mim, a pessoa que mais merece minha atenção sou eu mesmo. Não falo no sentido não querer estar perto de alguém, conversar e tudo mais. Não! Falo no sentido de dar ouvidos. E eu me ouço muito; demais até (vai ver é por isso que sou meio doido =P).
     Decidi seguir esta linha de raciocínio (me ouvir mais que aos outros) por perceber, com o passar dos anos, que para eu me sentir bem comigo mesmo, preciso ouvir a pessoa mais atingida por minhas escolhas: Eu. Adoro ouvir conselhos, pitacos, observações sobre minha vida, minha personalidade, minhas atitudes, pois acho que essas conversas influenciam um pouco em minhas decisões. Porém, uma coisa que raramente irá acontecer é eu, Benylton, procurar atender somente às expectativas de outras pessoas lançadas sobre mim. Me levo muito em consideração.
     Não acho justo uma pessoa viver para cobrar expectações de outra. Já lancei muita expectativa em pessoas que não corresponderam e percebi que isso é normal. Ninguém é obrigado a suprir esta questão para ninguém. No fim das contas, cada um vive para si. Não, não estou pregando o egoísmo universal. Você deve ter entendido o que estou falando. Aprendi que é assim que a vida é. E claro, você já deve ter pensado: Benylton é muito inocente, bestão ou não se liga nas coisas. Lembra o texto anterior? Seres humanos são difíceis de entender e eu gasto muito tempo tentando fazer isso.
     Só uma coisa me faz pensar em suprir expectativas alheias lançadas sobre mim: As pessoas que amo muito (são poucas). Em alguns momentos eu, realmente, as levo em consideração e penso: Será que essa pessoa gostaria de me ver nesta situação, assim ou assado? Aí sim, outras pessoas influenciam em minhas expectativas e fazem com que eu até mude alguns dos meus planos pessoais e refaça-os para não atingir ninguém.
     Mas no que diz respeito ao que eu espero de mim, estou tranquilo. Estou no meu tempo, no meu ritmo, na minha pisada. Quase tudo está indo conforme combinado em minhas conversas sozinho. Vou apenas correr atrás do que ainda nem iniciei (e é muita coisa). Tenho umas pendências arquivadas. Já já eu as retiro da gaveta e começo a dar destino a cada uma. Tudo no seu tempo. Expectativas ainda são muitas. Espero muito mais de mim, sei que há quem espere também, mas acho que estou, a contento, resolvendo isso.


Borboletas

Quando depositamos muita confiança ou expectativas em uma pessoa, o risco de se decepcionar é grande. As pessoas não estão neste mundo para satisfazer as nossas expectativas, assim como não estamos aqui, para satisfazer as dela. 

Temos que nos bastar... nos bastar sempre e quando procuramos estar com alguém, temos que nos conscientizar de que estamos juntos porque gostamos, porque queremos e nos sentimos bem, nunca por precisar de alguém. As pessoas não se precisam, elas se completam... não por serem metades, mas por serem inteiras, dispostas a dividir objetivos comuns, alegrias e vida. 

Com o tempo, você vai percebendo que para ser feliz com a outra pessoa, você precisa em primeiro lugar, não precisar dela. Percebe também que aquela pessoa que você ama (ou acha que ama) e que não quer nada com você, definitivamente, não é o homem ou a mulher de sua vida. Você aprende a gostar de você, a cuidar de você, e principalmente a gostar de quem gosta de você. 

O segredo é não cuidar das borboletas e sim cuidar do jardim para que elas venham até você. No final das contas, você vai achar não quem você estava procurando, mas quem estava procurando por você!

Mário Quintana

Tem mais?
Tem. Vai lendo Mário Quintana enquanto eu escrevo.

Ton

Espero que você tenha se conectado comigo após a leitura deste texto.