Este sou eu. Pois é, quem lê o blog já sabe. A pergunta é: Pra quê então uma foto minha dizendo que a pessoa da foto sou eu? Estou doido? Não. Se você, leitor, me conheceu na foto, ótimo. Menos mal. Porém EU, não me reconheci. Não consegui me ver nas minhas fotos. Não consegui identificar Benylton nas fotografias que tenho aqui no meu computador. Justo eu, que me conheço tão bem, não consegui fazer isso.
Não estava me reconhecendo ultimamente. Não estava percebendo-me em diversas atitudes e situações. Estou em crise? Não. Na verdade, não me deixei perceber que eu estou mudando. Não me deixei perceber que estou me refazendo, reinventando. Não estava identificando esta mudança, essa nova pessoa que me foi apresentada quando parei no espelho e fui ter um dos meus tradicionais diálogos comigo mesmo. Fui me cobrar, me reclamar, me indagar a respeito de atitudes e situações que, normalmente eu teria outras reações. Fui me explicar, me responder, me surpreender, me encantar comigo mesmo, pelo fato de, finalmente, conseguir, mais uma vez, me admirar comigo mesmo.
Lógico, algumas atitudes não mudam. Porém, percebi que a maioria mudou. E como mudou. Não esperava isso de mim. Logo eu, que convivo tanto comigo, não me reconhecendo? Ótimo! Adoro isso! Estou crescendo novamente, estou melhorando, estou aperfeiçoando minhas atitudes, minhas palavras, minhas expressões, minha visão das coisas, minha forma de tratar as pessoas, minha forma de observar as situações, de entender as situações, de entender-me.
Parece até que eu viajei e me reencontrei depois de muito tempo e fiquei surpreso de me ver tão mudado. Seria capaz de dizer-me: "Quem te viu, quem te vê!" E foi realmente isso que eu falei em frente ao espelho. Não com ar de hipocrisia, falsidade, não. Admirado. Feliz por me ver agindo dessa forma. Sabendo separar algumas coisas, entender outras, compreender fatos.
Porém, isso não me fez esquecer que eu estou acima de tudo. Que eu sou mais importante que qualquer outra coisa ou pessoa. Que a minha felicidade é mais importante que tudo. Isso eu havia esquecido. Estava me abdicando de ser feliz, de crescer, de ser mais. Não por causa de algo ou alguém, mas por preferir recuar ao invés de enfrentar. Algo que aprendi a pouco, é que ninguém deixa de ser feliz por causa de outra pessoa. Não é egoísmo; é buscar a própria felicidade, o que não deixa de ser uma atitude corajosa, admirável (o que pode fazer com que isso não se torne admirável é a forma como se busca isso.). Tá, ainda não consegui chegar nessa "plenitude", porém aprendi a ver essas atitudes como algo "normal", já que a maioria das pessoas pensa assim. Então não cabe a mim reclamar, xingar ou bater o pé afirmando que isso é ruim. Não. É a vida. É a lei da vida. Juro que eu achava que não chegaria nessa compreensão. Ainda bem que cheguei.
Estou me conhecendo novamente. Marquei um encontro comigo mais tarde, no espelho, pra conversar um pouco mais. Fiquei com vontade de conversar mais com essa pessoa que conheci hoje. Sério. Parece ser interessante. Não estou alardeando pra os quatro cantos que estou mudando (até porque, posso estar piorando à vista de algumas pessoas). Até porque, não falei em quê mudei. O que importa que é, pra mim, estou melhorando. Estou gostando de me conhecer denovo e de ver que o que mudou, para mim, mudou para melhor. Esse meu autorretrato é interessante demais para não conversar com ele mais uns dias.
"A auto-imagem é a essência da personalidade e do comportamento humano.
Conheça a auto-imagem e tudo será transformado."
Maxwell Maltz
Tem mais?
Tem. Mas só amanhã ou depois, ou depois, ou depois... ^^
Ah... Autorretrato está de acordo com a nova regra ortográfica, por isso o hífen sumiu; a foto não está distorcida, está em 3D. ^^
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