TEM MAIS?

      Grande parte de nossas frustrações, decepções, chateações e tristezas  com algumas pessoas acontecem por esperarmos delas mais do que elas podem nos dar. Culpa delas? Não. Nossa. Apenas nossa. Como é culpa de vocês esperar que eu poste constantemente aqui.

      Erramos demais quando queremos reciprocidade. Pelo menos se a desejamos na mesma proporção que entregamos. Não há relacionamento em que ambos estejam se doando na mesma medida.

      Quando aprendemos a esperar bem menos de alguém, abrimos espaços a surpresas; quando, nivelamos essa expectativa por cima, abrimos espaços a grandes frustrações. É terrível. Ao passo que vamos nos deixando levar por esse pensamento, começamos a viver mais tranquilamente.

       Se isso é “errado”? É e não é. Há quem diga que, caso um relacionamento esteja nesse período de experiência, não vai dar certo; há quem diga que só assim dará. Pra saber se está acertava está certa ou errada, só testando.

      Sou adepto da baixa expectativa. Não gosto de me frustrar. Porém, é o que mais acontece. Não consigo esperar menos de quem entrego tanto. Na consigo ser tratado como comum por quem trato como especial. Não consigo banalizar quem eu trato com singularidade.

      Em algum momento da vida eu vou aprender a fazer o que eu aconselho que façam. Quando começar a fazer, paro de ficar mal por não ter sido mencionado de forma mais carinhosa por alguém, por não ter sido levado em consideração quando se é marcado um passeio, de não ser liberado quando enumeram-se os amigos.

     Até lá, sigo esperando que haja reciprocidade onde há, apenas, indiferença.