A escolha

Olá, pessoas! Tudo bem?!


     Eu pretendia voltar aqui antes mas não sei o que houve. Não consegui. Bom, de qualquer forma, cá estou eu, mais uma vez, para escrever besteiras sobre qualquer coisa (o pior é que vocês leem isso).
     A postagem desse momento vem em tom de desabafo. Até pensei em fazer desse assunto, o tema da postagem. Desisti por achar "autoajuda" demais. Se bem que, segundo falam, meus textos poderiam ser publicados como um livro dessa área (só podem ser loucos). Enfim... Vamos ao texto...
     Há algum tempo (na verdade, desde que me entendo por gente) aprendi que a vida é feita de escolhas. Com o passar dos anos fui percebendo que, estas escolhas, dependiam (muito) do que estava à nossa frente como opção. Porém, independentemente do que fosse escolhido, sabíamos que optamos pelo que mais gostávamos ou, pelo menos, pelo que era mais atrativo para nós. Raras (e falo com convicção) as vezes em que a opção era pelo que não desejávamos.
      Pois bem, essa percepção das coisas tem me deixado intrigado ultimamente. Não queria, mas me pus como o objeto a ser escolhido durante toda a minha vida. Analisei as vezes em que me vi diante de situações em que as pessoas precisaram optar por permanecer na minha companhia ou sem mim. Me surpreendi. Porque? Simples: Em nenhuma, repito enfaticamente, NENHUMA, das vezes que me lembre, eu fui a opção escolhida. Namoros, amigos, família, NADA!
      Mas como assim?! Benylton é tão legal, todo mundo gosta tanto dele, as pessoas o têm como exemplo a ser seguido, todos dizem que o amam, ele é tão querido por todos! Porque então nunca me escolhem?!
       Ouvi, certo dia, numa roda de amigos que, se alguém é sempre a "vítima" das situações, algo estranho tem aí e que, se a pessoa vive dizendo que "ninguém gosta de mim" e "ninguém me entende" o problema pode não ser os outros. Será que o problema está em mim?!
       Se, realmente, o problema sou eu, o que leva as pessoas a se declararem tanto e, quando têm que escolher, Benylton é sempre descartado? Vários amigos meus já me trocaram por outros (muitos se arrependem até hoje). Minha família, por eu ser quem sou, optou por me mandar embora a ter que encarar as demais pessoas. Das pessoas que namorei, a maioria me deixou por ter encontrado alguém "melhor" (já recebi mensagens arrependidas da maioria delas). Independente de se arrependerem de não ter me escolhido, o que me intriga é o motivo pelo qual não perceberam que eu era a melhor escolha antes.
     Será que eu sou mesmo o problema? Será que essas declarações de amor e carinho são verdadeiras? Será que os elogios são, na verdade, bajulações? Não me sinto valorizado. Não me sinto bem. Não me sinto mais tocado por nada que qualquer pessoa venha a me falar. As atitudes das pessoas são vistas, por mim, com desconfiança. As palavras não chegam no coração (passam pelo cérebro e o raciocínio lógico diz que serei descartado futuramente, o que impede que aquela palavra ganhe credibilidade). Não tenho acreditado em ninguém. Palavras soam falsas, mentirosas, interesseiras.
      Não sou a melhor pessoa do mundo, admito. Mas se eu tenho algum desvio de caráter tão latente, porque ninguém nunca chegou e falou? Qual o motivo de me falarem uma coisa e fazerem outra? Eu sei que não devemos confiar nas palavras das pessoas (pelo menos não em todas) mas poxa... Tem tanta gente que eu pensei estar falando algo de coração e depois me deu uma rasteira que eu começo a imaginar que o defeito está em mim. Deve estar. Só pode.
      Não quero ser injusto também. Sei que algumas (poucas, pouquíssimas) pessoas com quem convivo gostam de mim de verdade. Percebo que sim, a minoria das declarações são pra valer. Mas vocês entenderam o que falei? A minoria... Tem algo estranho. Tem muita coisa estranha. Vou, mais uma vez, me analisar, ponderar, questionar e tentar descobrir o que leva tantas pessoas que passa pela minha vida, a desistir de mim quando o cerco se fecha e são obrigadas a optar entre mim e algo ou alguém. Antes mesmo da pessoa escolher, eu já sei a resposta. Nunca é positiva pra mim e isso tem me decepcionado demais.
     Estou cansado disso tudo. Estou farto de ser a escolha errada sempre que se tem que optar por algo. Começo a ver o "não ser" como a melhor opção para o "ser". Estou sendo incompleto, raso, morno. Não gosto disso. O nada pode ser a solução para tudo. É como diz um ditado: "A falta de opção nos torna objetivos". Quando não se tem pelo que optar, escolhe-se a única coisa que se tem à frente. Não me façam acreditar que gostam de mim quando, na verdade, gostam da paçoca.


Se, de vez em quando, o leite azeda por aí, não tenho nada com isso;
a vaca não é minha. Escolham melhor na próxima vez.
Millôr Fernandes

Não posso escolher como me sinto, mas posso escolher o que fazer a respeito.
William Shakespeare

Viver é isso aí mesmo, ficar se equilibrando entre escolhas e consequências.
Paulo Coelho

Tem Mais?
Tem. Deixa eu escolher quando vou postar.

Ton

Espero que você tenha se conectado comigo após a leitura deste texto.

    Um comentário:

    Unknown disse...

    Do, CARALHO 👏👏👏👏 desabafo do caramba 👏👏👏 amei, amei ❤